segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

A Epilepsia

Epilepsia (do verbo grego ἐπιλαμβάνειν: tomar, capturar, possuir, ter) é um grupo de transtornos neurológicos de longa duração caracterizados porataques epilépticos. Estes ataques são episódios de duração e intensidade variável, desde os de curta duração e praticamente imperceptíveis até longos períodos de agitação vigorosa. Em epilepsia, os ataques tendem a ser recorrentes e a não ter uma causa subjacente definida, enquanto que os ataques que ocorrem devido a uma causa específica não são considerados representativos da epilepsia.
Na maior parte dos casos de epilepsia desconhece-se a origem da doença, embora algumas pessoas desenvolvam epilepsia posteriormente a lesões cerebrais, AVC, tumores cerebrais, toxicodependência ou alcoolismo, entre outros. Os ataques epilépticos são o resultado de atividade excessiva e anormal das células nervosas do córtex cerebral. O diagnóstico geralmente pressupõe excluir outras condições que possam provocar sintomas semelhantes (como a síncope) e perceber se existem quaisquer causas imediatas. A epilepsia é muitas vezes confirmada através de umeletroencefalograma (EEG).
A epilepsia não tem cura, embora os ataques possam ser controlados com medicação em cerca de 70% dos casos. Em pessoas cujos ataques não respondem à medicação, pode-se considerar cirurgia, neuroestimulação ou alterações na dieta. Nem todos os casos de epilepsia se prolongam durante toda a vida e há um número significativo de pessoas que melhoram até ao ponto de já não ser necessária qualquer medicação.
Cerca de 1% da população mundial (65 milhões de pessoas) tem epilepsia. Aproximadamente 80% dos casos ocorrem em países em vias de desenvolvimento. A ocorrência de epilepsia torna-se mais comum à medida que a idade avança.  Em países desenvolvidos, a ocorrência de novos casos é mais frequente em crianças e idosos, enquanto que em países em vias de desenvolvimento é mais frequente em crianças mais velhas e jovens adultos. Entre 5 e 10% de todas as pessoas terão um ataque sem causa definida até aos 80 anos de idade, sendo a probabilidade de sofrer um segundo ataque entre 40 e 50%. Em diversas partes do mundo, é restrita ou vedada a autorização de condução a pessoas com epilepsia, embora muitas possam voltar a conduzir após determinado período sem ataques.

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